3 notas sobre a morte de David Bowie

O que eu trouxe na bagagem da Colômbia

A(s) pergunta(s) que eu não fiz para Steve Aoki

26 de mar. de 2013



Pela segunda vez, o Depeche Mode une seu nome à marca suíça de relógios de luxo Hublot. Depois de emprestar sua discografia para estampar os mostradores de relógios que foram a leilão para angariar fundos para a instituição britânica Teenage Cancer Trust, em 2010, a banda agora ganhou um modelo de relógio com edição limitada, também com foco em ações de caridade.

Apenas 250 peças do modelo batizado de Limited Edition Big Bang Depeche Mode serão postas à venda para arrecadar recursos para ações direcionadas ao fornecimento de água potável em países em desenvolvimento.

A linha especial será lançada oficialmente no dia 4 de maio, concomitante à estreia da nova turnê do Depeche Mode, Delta Machine. A primeira apresentação acontece em Nice, na França.

25 de mar. de 2013



Uma das pelas queridinhas do momento no mundo da moda, as camisetas com estampas de artistas do rock ganharam mais uma opção de peso para seu time: o estilista inglês Paul Smith assina dois modelos de camisetas que estampam a capa do novo disco de David Bowie, "The Next Day". São dois modelos, um masculino e outra feminino, que estão à venda no site de Smith.

O estilista aproveita para anunciar que esta é só a primeira de muitas parcerias que fará com Bowie neste ano.

Em tempo
A exposição "David Bowie Is", que faz uma retrospectiva da carreira do artista, inaugurada no Victoria & Albert este mês em Londres com 40 mil ingressos vendidos antecipadamente, chega ao Brasil em janeiro do ano que vem, no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo. Lá em Londres, a mostra tem patrocínio da Gucci.

23 de mar. de 2013

Teve de tudo tocando nas passarelas da São Paulo Fashion Week enquanto estilistas apresentavam suas propostas para o verão 2013/14: brasilidades, rock, pop e jazz.

A Neon, de Dudu Bertholini, fez um mix com jeitão bem MTV com a trinca Rolling Stones ("Paint it Black"), The Cure ("The Caterpillar") e Coolio ("Gangsta's Paradise").




João Gilberto dominou o desfile da fórum, com suas versões bossanovistas para "Falsa Baiana" (Geraldo Pereira), "Eu vim da Bahia" (Gilberto Gil), "Trevo de quatro folhas" (os versos aportuguesados de Nilo Sérgio para a original de Wood/Dixon) e "É Luxo Só" (Ary Barroso).




A Amapô, por sua vez, apostou na sofisticação que uma trilha com Sinatra pode imprimir a qualquer situação. The Voice preencheu os ouvidos dos presentes com "Fly me to the Moon", "The Lady Is a Tramp", "You Make Me Feel So Young" e "Old MacDonald".




Pra fechar, o tom grave de "Cashemere", do Led Zeppelin, foi a trilha da Ellus.




Teve mais trilha de desfile sendo feita ao vivo na São Paulo Fashion Week. Depois de Ronaldo Fraga levar Célio Balona para dar ares de tango a hinos associados à seleção brasileira, Roberta Sá cantou na boca de cena durante o desfile da Têca, grife da sua irmã Helô Rocha. Roberta incluiu na mini-apresentação "Mais Alguém", música de Moreno Veloso que já integra há tempos seu repertório, e o clássico "Baby", de Caetano Veloso.


19 de mar. de 2013



Depois da Cavalera aclimatar seu verão 2013/14 com soul music, chegou a vez de Ronaldo Fraga colocar a música para dividir espaço com sua coleção nesta edição da São Paulo Fashion Week. Ao usar como referência as histórias de futebol contadas por seu pai, que foi jogador nos anos 1950, Ronaldo apresentou as peças inspiradas numa era romântica e ao som de uma trilha sonora executada ao vivo.

O responsável pelos trabalhos foi o instrumentista mineiro Célio Balona que, acompanhado por outros músicos, usou seu acordeon para dar uma sonoridade portenha às marchinhas de futebol que embalaram a seleção canarinho e suas conquistas em meados do século passado. "Na cadência do samba" ("Que bonito é...") é quase um tango, numa deliciosa e implícita provocação à nossa rivalidade futebolística com os vizinhos argentinos.

Falando nesse jogo saudável de rivalidades, uma das peças da coleção trazia escudos com formatos e detalhes similares aos de Cruzeiro e Atlético-MG, mas com as cores invertidas. Preto para o primeiro e azul para o segundo. Uma brincadeirinha, será?



Aqui no UOL, no fim da coluna à direita da página, em vídeo que não dá para incorporar no post, dá para ver o desfile completo.


Se este blog fez posts dedicados a um apanhado da trilha sonora de cada uma das semanas de moda gringa, estes dois primeiros dias de São Paulo Fashion Week parecem sugerir que alguns desfiles merecerão um post exclusivo para tratar de sua porção musical.

A primeira marca a apontar para este caminho é a Cavalera, que apresentou seu verão 2013/14 transbordando soul music das caixas de som. Com James Brown, Aretha Franklin e Tim Maia, a grife paulistana reproduziu nas passarelas o programa de TV norte-americano "Soul Train", que dos anos 1970 até a década passada exibia performances de dançarinos ao ritmo de gêneros da música negra.

Assim como no programa, no qual dançarinos entravam aos pares no cenário, os modelos entraram em duplas durante o desfile caprichando nos passos de dança. Toni Tornado, soul man made in Brazil, assumiu o papel do apresentador Don Cornelius, em um mini-palco posicionado na entrada da passarela.

Abaixo, um vídeo da produção dos EUA para se ter ideia do espelho que foi o desfile da Cavalera.


18 de mar. de 2013



A H&M jogou na rede na última semana um bate-papo breve com a cantora francesa Vanessa Paradis, estrela da Conscious Collection, linha de roupas ecologicamente corretas, com peças em algodão orgânico e poliéster reciclado. Na mini-entrevista, a cantora fala do que gosta de vestir e do que define seu estilo.



Só para refrescar a memória de alguns, Vanessa é a mocinha que, aos 14 anos, em 1984, fez sucesso no mundo todo com "Joe Le Taxi", mais conhecida por nós, brasileiros, por "Vou de Táxi", na voz de Angélica. Pois é.


17 de mar. de 2013

Homenagem de fãs brasileiros feita a Macca virou camiseta

Pelo quarto ano consecutivo, Paul McCartney fará uma turnê pelo Brasil. Desta vez, as cidades felizardas são BH (3/5), Goiânia (provavelmente 4/5, mas a data ainda depende de confirmação) e Fortaleza (9/5). A dona deste blog está vibrando feito louca com a notícia, pois passou um ano e meio agitando, nas redes sociais, junto com mais cinco amigos, o movimento "Paul, vem falar uai", que pedia um show de Macca em Belo Horizonte.

Nessas visitas constantes ao Brasil, Paul foi surpreendido pelos fãs durante os shows com flash mobs fofinhos e um deles virou estampa de camiseta em seu site oficial: foi a homenagem (é assim que os fãs chamamos essas surpresinhas que preparamos) feita na primeira noite no Rio de Janeiro, em 2011, quando os fãs (eu inclusa) levantaram centenas de cartazes com a sílaba "NA" durante o refrão de "Hey Jude". À época, Paul chegou a publicar uma nota em seu site oficial agradecendo seu público pelo ato. "Eles poderiam apenas ter ido e assistido ao show, mas eles todos se comunicaram antes para fazer esse momento tão especial acontecer", dizia um trecho da declaração.

A estampa apresenta um recorte da multidão com os cartazes em mãos e deixa à vista uns poucos balões dos muitos que foram levados para incrementar a ideia. Uma imagem de Paul mais jovem, flutuando sobre as pessoas, faz uma intervenção na cena original e completa a estampa. US$40, aqui.

No vídeo abaixo, a partir de 3min, dá para relembrar ou conhecer o momento que originou a camiseta.





11 de mar. de 2013


Looks Chanel, Kenzo e Yohji Yamamoto
Hora de fechar o resumo do que tocou na temporada internacional de desfiles com a trilha da semana de moda de Paris. Teve clássico, teve hits noventistas, mas comecemos pela novidade. M.I.A, depois de se apresentar ao vivo no desfile da Etam, produziu uma mixtape exclusiva para o desfile da Kenzo. Um esquenta para o disco novo da cantora, que será lançado no mês que vem.



Da ala dos anos 1990, destaque para o resgate de "Around the World", do Daft Punk, feito pela Chanel, e para a deliciosa "Tom's Dinner", de Susanne Vega. O hit das FMs na infância da autora deste blog foi trilha da Maison Martin Margiela.



Para terminar, palmas para Yohji Yamamoto, que colocou seus modelitos para desfilar ao som de "Cry Baby Cry", daqueles quatro caras que ficaram conhecidos como Beatles.



Mais músicas na seleção da Vogue.

PS: Menção honrosa para "No Love Lost", do Joy Division, no desfile de Julien David.

O que é um pontinho brilhante no Mineirão?
Fui ver o Elton aqui no Mineirão no último sábado (9). Como tem Paul e Lolla à vista, comprei o ingresso mais barato, lá na cadeira superior. A despeito da boa performance de Elton e do bom repertório, o som estava ridículo lá do alto, com a voz do sir abafada e os graves muito mal balanceados.

Mas uma coisa era magnífica e irretocável mesmo a tantos metros de distância (e de altura) do palco: o brilho do terno usado pelo britânico, um conjunto azul incrustado de cristais Swarovski em intensidade decrescente dos ombros até as mangas. Elton era só um pontinho para mim, mas um pontinho escandalosamente brilhante. Nas costas, a inscrição "Captain Fatanstic" em vermelho e dourado, uma referência ao seu álbum de 1975 "Captain Fantastic and The Brown Dirt Cowboy" (conceitual, o disco é autobiográfico e Elton é o capitão fantástico do título. O cowboy é seu parceiro de composição desde sempre, o letrista Bernie Taupin).

O detalhe das costas captado durante show em Camberra, na Austrália

Elton, que nunca dosou exagero nem luxo em seu guarda-roupa, já esteve ao lado da Swarovski em outras ocasiões: em 2009, ele lançou uma linha de iPods com os cobiçados cristais. Em 2011, o figurino da turnê The Million Dollar Piano também teve assinatura da marca, em parceria com Richard Taylor.

A Swarovski, por sua vez, também já dividiu o palco com estrelas da música: Madonna, Florence Welch e Beyoncé estão na lista.

5 de mar. de 2013

Jimmy Page e Gary Clark Jr. entraram para a fila de músicos que fizeram campanha para Varvatos

Dois nomes do blues e do rock - um do passado, que inspira reverências; e outro do presente, que gera boas expectativas - se juntaram, mas não foi no palco. Jimmy Page, 69, e Gary Clark Jr, 28, aparecem juntos na campanha da coleção primavera/verão do estilista norte-americano John Varvatos.

Pra gente não reclamar que o encontro dos dois não rendeu uma nota musical sequer, a campanha também tem um vídeo promocional de rápidos 1min56s com Gary fazendo um som.




No encontro, apenas o jovem pegou na guitarra, segundo contou em entrevista à revista Rolling Stone. Jimmy, segundo Gary, um cara tímido, ficou na dele. O novo blues man falou também sobre a influência que uma ex-namorada provocou em seu estilo, que passou do jeans e camiseta para botas e chapéus. Leia aqui.

Levar astros do rock para as campanhas não é uma novidade para Varvatos: Iggy Pop, Perry Farrell e Chris Cornell já deram as caras em anúncios da marca. A propósito, a simbiose entre o estilista e a música vai além: sua loja ocupa hoje o mesmo endereço do lendário CBGB, um dos mais importantes redutos punk de Nova York.

4 de mar. de 2013



Durante o mês de janeiro e parte de fevereiro, participei de um curso online sobre visualização de dados ofertado pelo Knight Center for Journalism in the Americas, projeto de extensão da Universidade do Texas, em Austin, para qualificação de jornalistas da América Latina e do Caribe. O trabalho final consistia em trabalhar dados em linguagem gráfica + textual. A escolha do tema era livre. Obviamente, procurei por algo que orbitasse em torno do universo da música e me deparei com um estudo britânico sobre taxas de mortalidade entre rock stars. Segue o resultado do trabalho (passe o mouse sobre os gráficos para visualizar os dados):

Hope I Die Before I Get Old
Os versos cantados por Roger Daltrey no hit do The Who de 1965, "My Generation", podem não ser uma verdade para ele, que está vivo hoje aos 67 anos, mas se aplica alguns de seus colegas de estrelato. Estudos conduzidos pelo Centro de Saúde Pública da Liverpool John Moores University mostram que pop stars morrem mais cedo que a média das pessoas. Uma análise com 1489 músicos de pop e rock da Europa e da América do Norte que alcançaram a fama entre 1956 e 2006 revela que a mortalidade cresce em relação à população em geral a partir do momento que se atinge a fama. 9.2% dessa amostra é de falecidos. As taxas de morte para os astros norte-americanos na casa dos vinte anos, por exemplo, são três vezes mais altas do que as da população comum.


Sexo, drogas e rock 'n' roll
O uso de substâncias químicas ou riscos relacionados a este comportamento são as principais causas de morte prematura entre pop stars. 26.3% da amostra estudada morreu de overdose de álcool ou de outros tipos de drogas. As consequências provenientes do uso de substâncias químicas foi causa de 44.7% das mortes.





All By Myself
Se o artista é do sexo masculino, segue carreira solo e atingiu a fama antes de 1980, o risco de morte prematura é maior. Considerando apenas a mortalidade entre artistas pertencentes a uma banda e artistas solo, por exemplo, as taxas para os últimos são duas vezes maiores que as verificadas para os primeiros.






O Clube dos 27: um mito
Janis Joplin, Jimi Hendrix e Kurt Cobain. Todos morreram aos 27, o que fez se formar uma crença segundo a qual pop stars nesta idade têm mais risco de morrer. Entretanto, de acordo com a pesquisa, picos de morte são observados aos 32 anos. Em geral, as taxas de morte são similares aos 25 (0.56), 27 (0.57) e 32 (0.54).


Cor dos lábios de Rihanna é tão camaleônica quanto seus cabelos e seu figurino. Uma pista para sua linha de maquiagens para a MAC?


Depois de atacar de estilista criando uma linha para a River Island, Rihanna vai atacar agora no mundo da maquiagem. A cantora vai desenvolver quatro linhas de maquiagem para a MAC, assim como Lady Gaga e Fergie já o fizeram.

A julgar pelo visual camaleônico da moça - que passa pelos cortes e tonalidades dos fios, do figurino e, claro, da maquiagem - vem muita variedade por aí, pelo menos nos lábios. Da boca nude ao rosa cheguei, não há tédio nos lábios de Rihanna. Os olhos, por outro lado, parecem seguir um padrão: muito rímel e delineador e sombras de cores discretas.

A propósito, falando em lábios, o primeiro produto a ser lançado é o batom RiRi Woo, inspirado no famoso Ruby Woo da MAC. O item estará presente em todas as quatro linhas, que sairão, na sequência: em maio, na estreia da turnê da cantora em Nova York, no verão, no outono e nas festas de fim de ano. Sombra, gloss, blush e esmaltes estarão no pacote. Apesar de ainda não estarem nas lojas, os produtos já tiveram suas embalagens - super personalizadas - divulgadas.

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