3 notas sobre a morte de David Bowie

O que eu trouxe na bagagem da Colômbia

A(s) pergunta(s) que eu não fiz para Steve Aoki

28 de ago. de 2014

Beyonçona foi só a ponta do iceberg do poderio das moças neste VMA

Agora que o furor diante da performance de Beyonçona deu uma acalmada, já que estamos todos pasmos diante do dilema ser gato ou não ser/ser gente ou não ser da Hello Kitty, é hora de voltar o olhar novamente para o VMA, com mais calma, e sentenciar: este foi o VMA das mulheres. Os 15 minutos acachapantes de show de Queen Bey já seriam suficientes para sustentar a constatação, mas houve muito mais demonstrações de girl power do que as Spice Girls poderiam prever quando jogavam na roda do pop a ideia de poder de garotas meio que a esmo lá no fim dos anos 1990.

Comecemos, claro, pela mãe da Blue Ivy, que é a ponta do iceberg de toda essa história. Em 15 minutos, alinhavou poder, domínio, feminilidade, maternidade e - olha só que lindo - feminismo, essa palavra que assusta tanta gente, apesar de Beyoncé ter apresentado um sentido bastante simples e claro do sentido que ele pode carregar. Criou polêmica, claro, porque o mundo ainda não está completamente preparado para ver uma mulher se auto-afirmar com tanta convicção, completude e perfeição (she's flawless!), mas ao mesmo tempo fez o imenso favor de colocar a internet para discutir e pensar sobre os sentidos do feminismo.

Mas antes que Bey sintetizasse o poderio do mulheril e roubasse com certa justiça os holofotes, tivemos a mocinha Lorde fazendo história ao ser a primeira mulher a levar o VMA na categoria clipe de rock. Ok, não há nada que soe esteticamente como rock em uma nota sequer de "Royals", mas é fácil se convencer de que Lorde é uma artista de rock na essência e no comportamento. Com seu jeitão dark, meio Vandinha da Família Adams, desengonçado e introspectivo, vai na contramão das atuais vozes femininas em evidência, focadas no pop colorido e feliz. E é disso que o rock e suas vertentes têm se alimentado para ganhar sentido (pelo menos costumava ser assim lá nos primórdios): ir contra tendências dominantes.

E antes que Lorde abocanhasse mais um prêmio ainda tivemos Nicki Minaj, Ariana Grande e Jessie J, individualmente e juntas, quebrando a banca com a segunda performance mais memorável da noite. Da trindade pop até Queen Bey a mulherada também dominou os prêmios deste VMA. Foram sete categorias de prêmios. Excluindo as categorias de gênero, melhor vídeo feminino e melhor vídeo masculino, das cinco restantes, quatro foram vencidas por moças:  Miley Cyrus, "Wrecking Ball" (vídeo do ano), Ariana Grande e Iggy Azalea, "Problem" (vídeo pop), Lorde, "Royals" (vídeo de rock), Fifth Harmony, "Miss Movin On" (artista revelação) e Hayley Williams, na parceria com o mocinho Zedd, "Stay the Night" (prêmio Clubland).

Abalou Bangu. Abalou tanto que acho até que o M de VMA virou de ponta-cabeça e virou um W, de Woman.

25 de ago. de 2014

Até em festival de metal eu fui parar. Foto: Petr Hoffelner/www.hofik.cz

Espero voltar às atividades normais deste blog assim que o meu corpo voltar às atividades normais do ritmo dos trópicos, mas por hora finalizo a sequência de posts de retomada da primeira temporada do Festivalando rumo aos festivais de música do velho continente.

Depois de Montreux, na Suíça, fui para Berlim, na Alemanha, presenciar a resistência da comunidade punk no Resist to Exist. De lá, fui para a República Tcheca para participar do meu primeiro festival de heavy metal, o Brutal Assault. Fui, encarei, gostei e recomendo a experiência. Terminei a via crucis em Budapeste, na Hungria, com a encrenca do Sziget, o pior festival de música que você pode querer um dia ir na sua vida. Logo mais tem mais.

6 de ago. de 2014

Depois de ignorar Damon em Roskilde, não tive como escapar dele em Montreux


Nessa coisa de ir pra lá e pra cá em festivais de música pelo Festivalando, acabo me esbarrando com quem está para vir tocar no lado de baixo do Equador e, às vezes, acabo me esbarrando mais de uma vez, já que o apinhado calendário de festivais de verão na Europa acaba repetindo muitas atrações. Foi o caso de Damon Albarn, que já está com show confirmado na Argentina em outubro desse ano (data no Brasil, cadê?).

Ele fez um show em Roskilde, na Dinamarca, e não fiz o mínimo esforço para ir assistir. Motivo: tinha achado "Everyday Robots", seu novo disco meio tedioso. Quando cheguei em Montreux, na Suíça, lá estava Damon novamente prestes a fazer um show. Com a consciência um pouco pesada, afinal ele me deu um dos melhores shows da vida junto com o Blur, no Planeta Terra, no ano passado, me senti obrigada a dar uma segunda chance ao repertório de "Everyday Robots". Melhor decisão possível, pois o show desse novo disco é, na verdade, um showzaço. Lá no site do Festivalando, projeto de turismo musical que visita festivais de música pelo mundo, eu conto como foi a gloriosa noite do Damon em Montreux.

4 de ago. de 2014

Montreux te presenteia com progração gratuita e uma vista deslumbrante da riviera suíça

Ir ao Festival de Montreux foi a realização de um sonho. Finalmente lá estava eu presente nessa instituição cheia de história e charme dos festivais de música. Não tinha como ser decepcionante, mas também não imaginava que superaria minhas expectativas. Senti em Montreux uma atmosfera incrivelmente convidativa e ainda fui presenteada com uma das mais belas paisagens naturais que já vi na vida: o lago Leman e os alpes suíços, contíguos em um mesmo cartão postal. Fui pra lá pelo Festivalando, projeto de turismo musical que visita festivas pelo mundo, e compartilho neste texto aqui as maravilhas desse evento na estonteante riviera suíça.

1 de ago. de 2014

Tem música boa vindo da Suécia

Descobri o festival Popegoja, na Suécia, na necessidade de encontrar um evento gratuito naquele país, e acabei ganhando muito mais que economia com dinheiro para ingresso. O festival, que foi a segunda parada do Festivalando, novo projeto de turismo musical que visita festivais de música pelo mundo, é uma vitrine de novidades da cena sueca. Descobri sons bem legais que estão sendo feito na Escandinávia por agora e destaco alguns deles neste post aqui lá no Festivalando. A propósito, o Popegoja é um festival bem sossegado, num parquinho, ideal pra curar a lomba que ficou do furacão que foi o Roskilde. A Gra, que está nesse projeto junto comigo, conta aqui sobre a atmosfera do festival. Vai lá!

30 de jul. de 2014

Dizem que Mick vai tocar no Mineirão, mas acabei esbarrando com ele lá na Dinamarca

Na minha viagem para o Festivalando, projeto de turismo musical que visita festivais de música pelo mundo, tenho me esbarrado inevitavelmente em bandas que estão fazendo as malas para o Brasil. As duas primeiras delas eu encarei ainda no Roskilde Festival, na Dinamarca, no fim de junho: Rolling Stones e Arctic Monkeys.

Os Stones ensaiam uma turnê pelo Brasil no início de 2015. Não há nenhuma confirmação oficial, mas os boatos que vêm se arrastando nos últimos meses já estão se transferindo para o nível dos rumores cada vez mais sólidos. Segundo o jornal Destak, BH, São Paulo e Rio devem receber os ingleses em fevereiro ou março do ano que vem. Com toda sinceridade, conto aqui que o show na Dinamarca não foi assim aquela Brastemp, mas foi uma experiência extremamente necessária e importante na minha vida.

Já os Monkeys estão com datas marcadas (e já esgotadas) para 14 e 15 de novembro, em São Paulo e no Rio, respectivamente. Em Roskilde, o repertório ótimo do "A.M" foi prejudicado por um roteiro que deixa o show meio sonolento em determinado ponto. Teve um show de poses do Alex também. Sobre esse show eu falo aqui.

28 de jul. de 2014

Acredite, dinamarqueses também sabem pirar e fazer festa loucamente

Contei aqui ontem que estou em viagem pela Europa para acompanhar festivas de música em razão de um novo projeto, o Festivalando, um site de turismo musical. Pois a primeira parada dessa rota festivaleira foi o Roskilde Festival, na Dinamarca. Já um quarentão (ele é realizado desde 1971), o Roskilde me apresentou novas possibilidades e mudou muito o que eu mesma entendo por ser um festival de música. Depois de quase uma semana imersa num festival com nunca antes, saí de lá apaixonada, com vontade de voltar outra vez, e com a mente cheia de novos conceitos. Conto um pouco sobre isso neste texto aqui e acho que você deveria ir lá no Festivalando ler.

27 de jul. de 2014



Sumi sem avisar e deixei isso aqui acumular teia de aranha, não é mesmo? Mas é que uma viagem de dois meses por seis países diferentes dá uma bagunçada na vida da gente, mais ainda quando ela envolve trabalho. Mas hoje, na metade desses dois meses, finalmente consegui parar para dar satisfações por aqui. Estou em uma cruzada de dois meses pela Europa para acompanhar alguns festivais de verão por aqui. Tudo isso está sendo documentado pouco a pouco no Festivalando, projeto novo feito em parceria com as sisters Gracielle Fonseca e Paula Costa.

A ideia fundamental, amparada pelo conceito de turismo musical, é viajar pelo mundo para festivais de música e chamar atenção das pessoas para as experiências que se vive nesse tipo de evento. Entrelaçado com tudo isso, dicas e impressões sobre lugares, comidas e situações com as quais a gente se esbarra quando se está em viajem.

Começamos com nossas impressões sobre festivais brasileiros (porque a gente viaja pelo Brasil também, uai!) e contamos um pouco das nossas impressões sobre o Lolla, o Rock in Rio e o Roça in Roll. Agora, nesta primeira temporada de viagens, passamos pelo Roskilde, na Dinamarca, Popegoja, na Suécia, e Montreux, na Suíça. Nesta semana, tem dose dupla de Alemanha com o Resist to Exist e Wacken. Depois, seguimos para a República Tcheca, onde acompanhamos o Brutal Assault, e encerramos essa primeira turnê festivaleira no Sziget, na Hungria, já na segunda quinzena de agosto.

Até lá, vou continuar sem aparecer por aqui com outro assunto senão o próprio Festivalando. Nos próximos dias, vou recapitular alguns dos highlights dessa imersão no universo dos festivais de música. Se você quiser, pode ir lá direto no site e ler uma parte ainda pequena do grande conteúdo que a gente tem para despejar.


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