4 de nov. de 2014

Chico Buarque lança em 14 de novembro o romance "O Irmão Alemão" (Companhia das Letras), cuja trama é "uma busca pela verdade e os afetos", segundo a misteriosa divulgação feita pela editora - além da sinopse econômica, foi divulgado também um vídeo no qual o autor lê um trecho do livro, o sétimo da carreira de Chico como compositor. Potencialmente um dos lançamentos literários mais badalados de 2014 no Brasil, este não é, porém, o único que envolve músicos atravessando a fronteira da literatura. Estreantes ou razoavelmente veteranos nas letras, outros compositores brasileiros também lançaram livros este ano. Veja:



Tony Bellotto e Bellini e o Labirinto (Companhia das Letras, 280 págs.)
Nono livro do guitarrista dos Titãs e quarto com o protagonista do título, Bellini e o Labirinto traz de volta o detetive particular fã de blues e morador de um apartamento na avenida Paulista. Desta vez, Bellini viajará a Goiânia para negociar com os sequestradores do milionário Brandãozinho, atendendo a pedido de Marlon, parte da famosíssima dupla sertaneja Marlon & Brandão.


Rita Lee e Storynhas (Companhia das Letras, 96 págs.)
Com ilustrações de Laerte, o livro é uma coletânea das micro-narrativas criadas por Rita Lee no Twitter desde 2010, quando a compositora aderiu à rede social. Organizadas para atender ao formato do livro, as histórias ganharam títulos, mas mantiveram a grafia original das mensagens de 140 caracteres, com abreviações, por exemplo.


Vitor Ramil e A Primavera da Pontuação (Cosac Naify, 192 págs.)
O músico gaúcho Vitor Ramil traz referências das manifestações ocorridas no Brasil em junho de 2013 para seu terceiro romance, A Primavera da Pontuação. Com traços de fábula e alegoria, a história transforma sinais ortográficos e regras gramaticais nos personagens da história. Tudo começa quando uma palavra-caminhão carregada de letras garrafais atropela um ponto e foge sem prestar socorro. A pontuação de Ponto Alegre se revolta e protagniza enfrentamentos com o governante, o Regente com problemas de regência, a Passiva, polícia secreta do Estado e os radicais Grego e Latino.


Pitty e Cronografia: uma trajetória em fotos (Edições Ideal, 160 págs.)
O primeiro livro da carreira de Pitty é uma biografia fotográfica da baiana entremeada por textos escritos pela própria artista. Partindo de sua infância, o livro segue para o resgate do início de sua carreira musical nas bandas Inkoma e Shes, relembra a consagração no início dos anos 2000 e abre espaço para o projeto paralelo Agridoce.


Thedy Corrêa e Noite Ilustrada (Belas-Letras, 131 págs.)
O vocalista do Nenhum de Nós lança seu segundo livro de poemas, que gira em torno da insônia e das longas madrugadas encaradas pelo artista em função dos shows com sua banda. O tango como trilha sonora das noites em claro, especulações sobre a insônia de Paul McCartney e a última noite de Natal com os pais são a matéria-prima para alguns dos versos.


Tico Santa Cruz e Pólvora (Belas-Letras, 168 págs.)
Pólvora é o terceiro livro de Tico Santa Cruz e a primeira incursão na ficção. O romance policial parte das incursões criminosas de uma dupla de jovens para fazer uma crítica caricata à realidade política, social e econômica do Brasil.

*Texto escrito para o Brasil Post

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