19 de jul. de 2012



Primeiro, as reuniões de bandas até então separadas. Depois, a moda dos lançamentos de luxuosíssimas caixas com discografias já encerradas inteiras. Junto com isso, os shows para tocar na íntegra aquele disco emblemático do passado. E o revival dos anos 1980. E dos 1990. Agora, a superação das vendas de discos velhos sobre os discos novos, como noticiado hoje pela NME.

Nada contra a música de décadas atrás e sua celebração - parte dos artistas que escuto e dos meus ídolos vêm de outras épocas. Mas acho muito curioso essa forte onda passadista que toma conta da música atualmente, justamente num período em que proliferam novos artistas, dadas as facilidades de produção, circulação e acesso à música promovidas pelas novas tecnologias. Nunca foi tão fácil ouvir gente nova. A oferta é grande, diária e gratuita. E é claro que esse pessoal novo também é ouvido, mas o volume do hit de ontem está tão alto quanto o som do aqui e agora.

Será que não tem nada tão bom assim? Será que a oferta é tanta que dá preguiça procurar em meio a essa montanha de novidades e o caminho mais fácil para agradar os ouvidos acaba sendo recorrer ao que já é de costume? Acho que preciso urgentemente encomendar meu "Retromania", livro do crítico inglês Simon Reynolds cujo subtítulo indica a reflexão sobre a qual o livro se debruça: o vício da cultura pop em seu próprio passado.

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