21 de set. de 2011

O R.E.M acabou. E daí?

E daí que o esforço que fiz aos 15 anos para decorar a letra de "It's the End of the World as We Know it" só para poder cantá-la em um show perdeu o sentido. E daí que não tem mais possibilidade de show depois de ter perdido a apresentação de 2008 por falta de dinheiro. E daí que não existe mais a chance de ao menos vê-los pela TV, como aconteceu em 2001 com a linda apresentação do Rock in Rio, que eu gravei em VHS (graças à transmissão da Globo) e K7 (graças à transmissão da Jovem Pan) em duas fitas perdidas em algum lugar da minha casa. E daí que a gravação só existe agora na minha memória.

E daí que os meus vinis do "Out of Time" e do "Automatic for the People" vão passar a ser mais valorizados não porque são realmente bons, mas porque foram gravados por uma banda que não existe mais.

E daí que eu não vou viver mais a expectativa de ouvir um disco novo e me surpreender deliciosamente com uma maravilha como foi o "Collapse Into Now". E daí que eu vou ficar andando em círculos, em um eterno retorno, ouvindo do primeiro ao último disco, do último ao primeiro, sem que possa existir uma gravação nova que puxe dessa linha circular uma reta que siga em direção ao futuro.

E daí que é o fim e eu não me sinto bem.


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