9 de mar. de 2011

Tem gente reclamando do título de campeã do Carnaval do Rio dado à Beija-Flor, que neste ano homenageou Roberto Carlos. Acham suspeito uma escola que fez enredo sobre artista exclusivo da Globo ganhar uma competição cuja exclusividade da transmissão é da Vênus Platinada. E lembram, ainda, que a Beija-Flor não é lá flor que se cheire, pois carrega suspeitas de ligação com um dos maiores bicheiros do Rio. Sugerem que o título foi comprado. Marmelada, em termos mais eufemísticos.

Não questiono as tramóias. Uma engrenagem tão complexa quanto o Carnaval carioca, que envolve verbas públicas, milionárias cotas de patrocinadores e o importantíssimo (para todos nós, brasileiros, mas também para quem manda na cidade) valor simbólico, cultural e turístico da cidade, não está livre dos assédios do poder (político, midiático, etc).

Mas não deixemos que essas especulações deslegitimem a homenagem que Roberto recebeu. RC é maior que tudo isso. Não há dinheiro que pague o reconhecimento da carreira do rei. Não importam os motivos da guerra, celebrar uma trajetória artística é mais importante.

Ah, e é Carnaval, gente. Amanhã tudo volta ao normal.

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